São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Polícia vai devassar hospitais e funerárias

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia decidiu fazer uma devassa em todos os hospitais públicos, agências funerárias e cartórios da Grande São Paulo e da capital. Serão analisados todos os atestados de óbito de pessoas que morreram em hospitais públicos desde janeiro de 95, quando entrou em vigor a lei que liberou o transporte intermunicipal de cadáveres.
A decisão foi tomada depois que sócios da funerária Oswaldo Cruz, de São Caetano, afirmaram à polícia que o esquema de falsificação de atestados descoberto no Hospital Heliópolis (zona sul) acontece em outros estabelecimentos.
A funerária é acusada de fazer parte de um dos esquemas montados por uma quadrilha que também é suspeita de praticar tráfico de órgãos e até de cadáveres.
A operação, que começa hoje, será conduzida por policiais do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) e do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo).
"Vamos verificar os registros de óbitos, para onde os corpos foram encaminhados e o comportamento de funerárias e hospitais para saber se o esquema ocorre em outros locais", afirmou Alberto Angerami, diretor do Decap.
O delegado disse não ter idéia de quantas pessoas morreram em hospitais públicos nesse período. Ele afirmou ainda que não descarta a hipótese de tráfico de órgãos e, para isso, haverá exumação de corpos quando for necessário.

LEIA MAIS sobre o caso à pág. 3-3

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