São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Cai 30% o estoque de veículos

DANIELA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os revendedores de veículos conseguiram em janeiro reduzir em 30% seus estoques, que atingiu 70.038 unidades.
Essa melhor performance nas vendas é devida à diminuição da produção pelas montadoras em janeiro, que ocorre em função das férias coletivas, afirma Sergio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos Automotivos).
As vendas no mês passado -174.407 unidades- ficaram estáveis e de acordo com o previsto pelos revendedores, já que janeiro é um mês de férias, afirma o presidente da Fenabrave.
O setor registrou queda de 3,2% nas vendas em janeiro sobre dezembro (incluindo os segmentos de automóveis, motos, comerciais leves, máquinas agrícolas, ônibus e caminhões).
Na comparação com janeiro de 1996, no entanto, as vendas cresceram 35,3%. Reze considera esse aumento "normal", já que havia restrições ao crédito no período.
"Em janeiro do ano passado não havia consórcio, leasing e financiamentos a prazos mais longos. O resultado do mês passado só poderia registrar aumento sobre aquele período."
Os financiamentos para compra de automóveis em janeiro representaram 47% das vendas e os consórcios, 18%.
Automóveis
O estoque de veículos nas concessionárias representou em janeiro o equivalente a 14 dias de vendas, pouco menor do que no mês anterior -16 dias.
"O estoque de janeiro ainda está longe de ser o ideal", afirma Reze.
Foram vendidos 123.816 automóveis em janeiro, o que representa queda de 2% sobre dezembro e aumento de 34% na comparação anual.
As máquinas agrícolas foram as que tiveram maior crescimento nas vendas na comparação anual -90%. O melhor desempenho também é atribuído à redução nos financiamentos agrícolas no início do ano passado.
Os revendedores de ônibus registraram desempenho nas vendas diferente dos demais setores. Elas caíram 17% sobre igual período de 1996. Mas, em relação a dezembro, as vendas de ônibus cresceram 30,6%.
Promoções
Reze diz que a maior produção de veículos e a chegada de novas fábricas ao país devem continuar beneficiando o consumidor.
"A maior competitividade entre as marcas contribuem para que o comprador tenha melhores ofertas e condições cada vez melhores de financiamentos." Segundo ele, os preços nas concessionárias irão se manter, apesar do recente aumento praticado pelas montadoras.

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