São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997
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'Miguel é um gênio da dramaturgia'

DANIELA ROCHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de ter feito um personagem em longa temporada com a peça "A Partilha", texto de Miguel Falabella, Arlete Salles ganha do mesmo Falabella um grande papel de comédia: a socialite Evangelina Mello da Cunha.
"Fiquei muito envaidecida por Miguel ter me oferecido o texto para fazer. Ele é um gênio da dramaturgia", disse.
Segundo ela, o texto focaliza uma família da aristocracia carioca que empobreceu e perdeu tudo. "Evangelina, a mulher da casa, fica perplexa diante da nova vida."
Para tratar do drama humano, Falabella optou pelo humor. "Ele e a Maria Carmem descontraem a situação elegantemente e conduzem os personagens sem perder a ligação com a poesia e a nostalgia", afirmou a atriz.
Poucos são os momentos de improviso, segundo ela. "O texto tem um desenho tão bom que nada é mais interessante que ele."
Evangelina, mesmo com todos os problemas, não deixa a peteca cair, segundo Arlete Salles.
Em um trecho, quando ela percebe que não tem outra saída senão se mudar para um apartamento quarto-e-sala no Catete, ela afirma: "Só ri quem tem esperança. Estou começando a descobrir que tenho. Catete, aí vou eu".
Evangelina arquiteta várias saídas mirabolantes, como buscar um casamento que faça com que ela recupere o status perdido. "Aí está a graça. É um espetáculo no qual nós, os atores, e também o público extravasamos."
(DR)

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