São Paulo, sábado, 8 de março de 1997 |
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Livro reúne teoria e prática da globalização
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
"Nós estamos acima dos governos? Não. Nós prestamos contas aos governos. Nós obedecemos as leis em todos os países em que operamos e não fazemos as leis. No entanto, nós mudamos as relações entre os países." Essas afirmações são de Percy Barnevik, presidente da ABB (Asea Brown Boveri), um dos grupos mais globalizadas do mundo, segundo a descrição do próprio Barnevik: "A ABB é uma empresa que não tem centro geográfico, nenhum interesse nacional específico. Nós somos uma federação de empresas nacionais com um centro de coordenação global". O grupo é, de fato, relativamente recente, tendo surgido, em 1987, da fusão de duas empresas européias, a Asea, sueca, criada em 1890, e a Brown Bovari, suíça, de 1891. O grupo atua no setor de sistemas e equipamentos elétricos, com uma receita anual superior a US$ 25 bilhões e 240 mil funcionários espalhados pelo mundo. As declarações de Barnevik foram feitas em resposta a uma pergunta do jornalista William Taylor que mostra uma preocupação de muitos quando o tema é globalização: ele perguntou se a forma de atuação da ABB não representa o início de uma mudança de poder das mãos dos governos nacionais para as empresas supranacionais. Pergunta e resposta fazem parte de uma entrevista muita interessante que compõe um dos capítulos do livro "Avanço Rápido". O livro tenta mostrar como a globalização afeta a vida das empresas, seus dirigentes e empregados reunindo depoimentos de empresários e artigos de teóricos da administração, inclusive com o mais famoso deles, Peter Drucker. Texto Anterior: Periscinoto deixa presidência da Almap Próximo Texto: Brasil pode reduzir proteção a insumos Índice |
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