São Paulo, sábado, 8 de março de 1997 |
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Personagem aproxima-se de Hitler
EDUARDO HARO TECGLEN
Muita gente já fez seu Drácula. Entre eles, Lindsay Kemp, e sem dúvida este grande criador que é Antunes Filho (assombrou a Europa com as suas primeiras aparições) o viu, como, claro, viu as obras de Kantor. De tudo ele tem algo. É uma época, uma escola. Kantor estava mais horrorizado pelo nazismo porque matou os seus, e seu teatro foi desde então teatro da morte. Nesses desfiles, nessas marchas militares, nesses tangos em lugar das grandes valsas austro-húngaras de Kantor, há menos tragédia. A época é, também, menos trágica, para alguns. Não os esquece este criador, quando o desfile ao final recorda com cartazes o nazismo de hoje contra os estrangeiros, contra as outras raças. Tudo apaixonou o público da sala Olimpia. Texto Anterior: "Drácula" de Antunes estréia em Madri Próximo Texto: Texto e atriz apóiam "Crime Perfeito" Índice |
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