São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Presidente argentino proíbe clonagem de ser humano

Japão anuncia que não subvenciona pesquisa na área

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente argentino, Carlos Menem, proibiu ontem, por decreto, os experimentos de clonagem que envolvem seres humanos.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde e Ação Social, Alberto Mazza. Segundo ele, uma comissão de bioética fará uma série de investigações a fim de assessorar o governo na elaboração de um projeto de lei que será apresentado no Parlamento em até 60 dias.
"Acredito que o Congresso vá reagir favoravelmente. Há vários legisladores interessados no tema e já estão preparando projetos que o abordam", disse.
Deputados da União Cívica Radical (UCR) propõem a proibição da manipulação genética de gametas, embriões prematuros e fetos humanos que impliquem alterações como a clonagem, seleção de raças e a combinação com outras espécies.
Mazza assegurou que não há experimentos de clonagem envolvendo humanos no país.
O chefe da Igreja Metodista da Argentina, Alberto Etchegoyen, disse ser a favor da clonagem. "Dou meu apoio a um experimento científico que possa ser positivo para a vida."
Etchegoyen disse ainda que "deve-se colocar uma barreira quando se trata de clonagem de humanos", mas apoiou o desenvolvimento científico da clonagem em animais e vegetais.
O governo do Japão anunciou ontem que não irá subvencionar as pesquisas científicas sobre clonagem humana.
O Ministério da Educação vai negar pedidos de universidades e centros de pesquisa até que o Conselho de Ciência e Tecnologia conclua algum estudo sobre o tema.

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