São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Sem-terra são atração em cidades do interior

PATRICIA ZORZAN
ENVIADA ESPECIAL A CRAVINHOS

A passagem pelo interior de São Paulo dos cerca de 600 sem-terra que participam da Marcha Nacional pela Reforma Agrária, Emprego e Justiça vem se transformando em atração para os habitantes das cidades incluídas no percurso da caminhada.
Na quinta-feira, em Cravinhos (290 km ao norte de São Paulo), o grupo recebeu a visita de estudantes e moradores do local durante todo o dia.
O operador de máquina Antônio José da Silva foi até a escola onde estavam os sem-terra acompanhado da mulher, Ana Maria, e dos três filhos.
"Eu me identifico com eles. Não tenho casa até hoje, ganho pouco e vivo sempre na mesma situação. Eles são coitados que sofrem como nós", disse.
O público mais fiel dos sem-terra são os estudantes, geralmente simpáticos ao movimento. "Depois do que eu vi aqui, não vou mais poder desistir das coisas só por causa de um probleminha", disse a estudante Thaís Moreira Alves, 14, que passou quase duas horas conversando com sem-terra.
Homenagem
Ontem, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, mulheres do movimento marcharam em frente ao grupo.

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