São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Bebê é a maior vítima, diz médico
AURELIANO BIANCARELLI
Retirado da mãe, o bebê tem o cordão cortado e é entregue a um neonatologista que "enfia tubos em seu nariz para aspirar as secreções". "É uma violência desnecessária. A criança chora porque está sentindo dor." Tedesco diz que humanizar o parto é receber o bebê com afeto, pegá-lo no colo. "Quando se coloca o bebê sobre a barriga da mãe, ele reconhece sua voz e a batida de seu coração. E pára de chorar." Para o médico, os obstetras têm uma missão fundamental: "Somos as primeiras pessoas no mundo a tocar uma outra, antes mesmo da mãe. É uma grande responsabilidade." Tudo o que o obstetra fizer naqueles primeiro momentos, vai se refletir no resto da vida daquele ser. "Humanizar o parto é dar boas-vindas ao recém-nascido. E isso não custa nada." Mas, na correria, mãe e bebê acabam esquecidos, diz. (AB) Texto Anterior: O parto e suas variações Próximo Texto: Favela abriga ambulatório modelo Índice |
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