São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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O peso dos encargos; Dois critérios; Mais do que a China; Fusão gelada; No comando; Dando notas; Ser ou não ser; Com o pé no breque; Saindo na frente; Novos esqueletos; Com energia; Visão crítica; País do futebol - 1; País do futebol - 2; Na balança; Recrutando lucros O peso dos encargos Os debates no mundo do trabalho vão esquentar. O Dieese acabar de fazer as contas e diz que o peso dos encargos sociais sobre a remuneração total do trabalhador é de 25,1%. O número da Fiesp é bem maior: 102,15%. Dois critérios A Fiesp considera, por exemplo, o pagamento de férias, 13º e descanso semanal remunerado como encargos. O Dieese, não. Mesmo separando só o que a Fiesp chama de "encargos diretos sobre a folha de pagamentos", o número dos empresários é de 35,8%. Mais do que a China O estudo do Dieese, inédito, diz que o custo da mão-de-obra no setor manufatureiro no Brasil é de US$ 2,68 por hora, contra US$ 16,40 nos EUA e US$ 4,93 na Coréia do Sul. Na China, é de US$ 0,54 e na Indonésia, de US$ 0,28. Fusão gelada A Kibon, o maior fabricante de sorvetes do país, e a Suchard, fabricante de sucos (com a marca Q-Refresco), balas e chicletes, estão em processo de fusão. No comando A Kibon e a Suchard fazem parte do grupo Philip Morris. A nova companhia resultante da fusão será dirigida por Debora Wright, atual presidente da Suchard. Dando notas A Standard&Poor's Rating Services fechou acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da FGV para prestação de serviços no Brasil. A S&P faz "rating" de dívidas no valor de US$ 10 trilhões. Ser ou não ser Segundo o presidente do Citibank, Roberto do Valle, nem o governo sabe dizer se a economia está aquecida ou não. "Esse é o problema", diz ele. Com o pé no breque Para quem gosta de freio, a MCM lembra que três já estão acionados: 1) o câmbio, que privilegia as compras externas; 2) os altos níveis do compulsório, que mantêm o juro do crediário nas alturas; e 3) a redução nominal do déficit público prevista para 97. Saindo na frente Segundo a Austin Asis, os setores de motocicletas e de consórcios vão bem. No primeiro, as vendas crescem de forma consistente (10% em termos reais) e, no segundo, o cliente consegue escapar dos juros altos do crediário. Novos esqueletos O mercado financeiro teme que, por conta da CPI dos precatórios, o Senado acabe não aprovando a rolagem de parte das dívidas dos Estados -que, como se sabe, não têm dinheiro para pagar os títulos que estão vencendo. Com energia Terça-feira, em Nova York, a Price Waterhouse reúne-se a portas fechadas com seus clientes operadores de energia elétrica nos EUA. Vai recomendar a compra das energéticas paulistas. Visão crítica J. Carlos de Assis lança amanhã o livro "A Nêmesis da Privatização". Para Assis, o programa do governo transforma monopólios de serviços públicos regulamentados em monopólios privados desregulamentados. Às 19h, em livraria no Palácio do Catete, no Rio. País do futebol - 1 No lançamento do manual de defesa comercial, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, da Fierj, lembrou que a melhor defesa é o ataque. Emendou: "O ministro Dornelles já é conhecido como o Ronaldinho do governo FHC". País do futebol - 2 A Câmara de Comércio Brasil/França do Rio contava com a presença de Jacques Chirac em jantar de gala no dia 12, com delegação de 25 altos empresários franceses. Mas o presidente da França preferiu ir a jantar com Pelé e Zico, entre outras personalidades do mundo do esporte. Na balança Para Renê Aduan, do banco Real, um déficit comercial de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões neste ano é "suportável". Recrutando lucros A Adecco, líder mundial em serviços de recursos humanos, acaba de chegar ao Brasil. É responsável, em todo o mundo, pela alocação de 250 mil trabalhadores por dia, entre temporários e contratados. E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: Privatização não garante tarifa menor Próximo Texto: Indesejável restrição a investimentos estrangeiros Índice |
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