São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Centro de São Paulo vive a 'crise dos 40'
FREE-LANCE PARA A FOLHA O centro paulistano, área com a melhor infra-estrutura da cidade, abriga 41 prédios comerciais vazios -57% do total do município.Segundo estudos da empresa de consultoria imobiliária Richard Ellis, a idade média desses edifícios está acima de 40 anos. O diretor-executivo da Associação Viva o Centro, Marco Antônio de Almeida, reconhece que há um "forte processo de deterioração e desvalorização" da região. Ele diz que o Centro representa menos de 0,5% da área total da cidade, mas é onde estão 11% dos empregos de São Paulo. "Por isso, a região precisa voltar a ser valorizada e aproveitada." Trânsito Na opinião de Almeida, o principal problema do Centro é a dificuldade de acesso de automóveis. "Em muitas ruas é proibida a circulação de carros, e em muitos prédios não há garagem. Isso acaba piorando a situação." O problema se agrava pela importância comercial da região. O consultor Luís Gonzaga Mayor diz que o Centro possui 2 milhões de m² de áreas comerciais úteis. Desse total, 40% é ocupado pelo setor de serviços, 20% pelo setor financeiro, 10,6% por repartições públicas e 14,5% está vazio. O restante é distribuído entre a indústria e o comércio. Segundo ele, 93% dos prédios da região não têm sistema de ar-condicionado central, o que dificulta sua comercialização para grandes empresas. Mayor acredita que o governo pode ser a solução para melhorar a situação do Centro. "Se o governo concentrasse suas atividades na região, economizaria dinheiro com transporte e facilitaria a vida de muita gente que fica de bairro em bairro atrás das secretarias." "Incentivar a ocupação residencial seria uma saída", defende o consultor João Freire D'Avila. Texto Anterior: Prédios vazios somam 4,6 Anhembis Próximo Texto: Perfil de empresa define ocupação Índice |
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