São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Canal do Rio exibe produções culturais
CRISTINA RIGITANO
"A emissora abre espaço a qualquer entidade sem fins lucrativos como ONGs (organizações não-governamentais), sindicatos e associações. Já temos 113 entidades catalogadas", diz a coordenadora Beth Costa. A programação é bastante diversificada e dá preferência a produções educativas e culturais. "Já exibimos um programa infantil produzido por alunos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) especialmente para o canal. Também veiculamos produções independentes e de entidades que não têm onde passar os vídeos", conta. Segundo Beth Costa, as produtoras Made for TV, Magnetoscópio e Blue Light apóiam o canal. "Gostaríamos de transmitir séries da TVE e ter acesso a parte do acervo de propriedade deles. Também entramos em contato com os organizadores do Festival de Vídeos do Rio", afirma. A TV está em fase de experiência e, por enquanto, só veicula programas que já chegam prontos ao centro de transmissão da emissora, na Universidade Estácio de Sá (Rio Comprido, zona norte do Rio). A partir do segundo semestre, porém, a TV Comunitária pretende ter grade de programação própria. A TV Comunitária é financiada por doações de entidades sem fins lucrativos. "A Net ligou o cabo ao centro de transmissão, embora a lei só a obrigue a levar o programa ao ar. A Net deu dicas sobre equipamentos e cedeu um aparelho que leva o sinal da TV ao cabo. Nossa relação pára aí. A Net não se mete na programação", diz a coordenadora. O canal 41 da Net já chegou à zona norte e a maioria dos bairros da zona sul do Rio. Só São Conrado e Barra da Tijuca (zona sul) e bairros da zona oeste não captam o canal. "O centro de transmissão da emissora está ligado ao cabeçal do Rio Comprido (zona norte). Enquanto os três cabeçais da Net não estiverem interligados, o canal não passará do túnel Dois Irmãos", explica Beth Costa. A emissora é coordenada pela ONG Comitê pela Democratização da Comunicação no Rio de Janeiro. Outras seis entidades fazem parte do projeto: Associação Brasileira de Vídeo Popular, Sindicatos dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica e dos Telefônicos, Associação Brasileira de Comunidades Alternativas, Viva Rio e Associação dos Engenheiros da Petrobras. "Ainda devem entrar a Associação de Produtores Culturais do Rio e a Associação de Radiodifusão Comunitária", afirma. Texto Anterior: TV Alphaville é feita pelos moradores dos condomínios Próximo Texto: TV comunitária de BH investe no jornalismo participativo Índice |
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