São Paulo, domingo, 9 de março de 1997 |
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Manutenção é empecilho a estrangeiros
HENRIQUE SKUJIS
Mesmo mais equipados, os importados ainda carregam a imagem de terem peças de reposição caras e manutenção difícil. O mecânico Luiz Yoshimura cita o exemplo de um kit de embreagem, que "custa até R$ 1.300 para um Citroën ZX e não sai por mais de R$ 400 para um nacional". Yoshimura diz ainda que algumas peças demoram meses para serem encontradas. Além disso, pesa contra os importados o fato de o solo brasileiro não ser apropriado. "Não é difícil ver modelos BMW e Mercedes com problemas na suspensão e rodas amassadas." O preparador de motores Vinicius Losacco alerta que é preciso saber o passado do modelo. "Se o primeiro dono tratou bem do carro, os problemas não aparecem." Losacco acredita que preços e dificuldade em encontrar peças diminuíram: "A pastilha de freio de um jipão Ford Explorer 91 caiu de R$ 370 para R$ 180 em um ano". Conforto Para quem pensa primeiro no conforto de um importado e não se importa muito com o valor de revenda, problemas de manutenção ficam em segundo plano. A estudante Vanessa Vidutto, por exemplo, gastou R$ 13,5 mil em um Renault 19 RT 94. "O carro tem motor 1.8, ar, direção hidráulica e trio elétrico", justifica Vanessa. "Dificilmente encontraria um nacional com tantos acessórios por esse preço." O mesmo argumento é usado pelo corretor de seguros José Isidro Ferreira, que comprou um Citroën ZX 95 por R$ 22 mil. "Com essa quantia não compraria nenhum nacional com motor 16 válvulas e com tantos equipamentos de segurança." (HS) Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: VW faz crash-test para avaliar futuro airbag Índice |
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