São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997
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Presos armados fazem 5 reféns e fogem da Casa de Detenção

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Seis presos fugiram na madrugada ontem do pavilhão 8 da Casa de Detenção, no Carandiru (zona norte de São Paulo). Eles fizeram cinco reféns usando estiletes, revólveres e bomba artesanais. Quatro fugitivos foram recapturados.
A ação dos presos começou por volta das 22h30 de anteontem. Os detentos, todos condenados por roubo, ocupavam uma mesma cela. Um deles começou a simular problemas respiratórios.
À 1h30, o agente Benedito Rodolfo da Rocha, 52, abriu a porta e foi dominado.
Eles estavam com três revólveres e uma granada artesanais, duas falsas "escopetas" feitas de madeira e pedaços de cano e seis estiletes. Há 15 dias, a tropa de choque da PM fez uma revista em todos os pavilhões da Detenção.
Em seguida, dominaram o chefe de segurança do turno da noite, Carlos Rita dos Santos, 47, e o agente Valter Alves dos Santos, 49. Os presos passaram por duas barreiras e chegaram à portaria.
Nela, o agente Eudóxio de Oliveira, 56, sacou um revólver calibre 38 para impedir a fuga, mas entregou a arma após os presos ameaçarem matar os reféns.
Os seis saíram levando o chefe da segurança. Em frente ao presídio, os detentos José Luiz dos Santos, 25, e José Carlos Félix, 30, deram sinal para o taxista José Carlos Tavares, 34, que dirigia um Voyage.
Eles apontaram o revólver calibre 38 para Tavares e entraram no carro com o chefe da segurança. Os outros presos fugiram a pé.
Quatro deles foram recapturados. Os outros dois presos libertaram o taxista e o chefe da segurança em Jundiaí (60 km a noroeste de SP) por volta das 3h.
Os fugitivos haviam ordenado ao taxista que os levasse à zona leste de São Paulo. Nervoso, Tavares errou o caminho e pegou a rodovia dos Bandeirantes.

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