São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Sistema de navegação do Sucatão será reformado

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cinco meses depois de uma "maquiagem" que tratou apenas do conforto e bem-estar do presidente da República, o principal avião da Presidência, o Sucatão, vai passar por uma melhoria no seu sistema de navegação aérea.
Saem dois equipamentos que utilizam o monitoramento remoto por baixa frequência, captando o sinal de 12 antenas espalhadas pelo mundo -conhecido como Sistema Ômega-, e entram dois novos que se valem de satélites para ter informações sobre altura e localização geográfica, denominado de GPS (Global Positioning System).
Segundo a Folha apurou, a troca será feita mais por necessidade de adaptação tecnológica. Isso porque o Sistema Ômega está sendo desativado para a navegação aérea, ficando mantido apenas para navios e submarinos.
Cada sistema, que fará o gerenciamento do vôo integrado com o piloto automático, custará até R$ 80 mil (o valor ainda não é conhecido). O sistema GPS pertence aos Estados Unidos.
Reforma
Além dos dois novos GPSs, o Sucatão manterá dois sistemas de navegação aérea inercial, que independem de qualquer informação externa. Em aviões comerciais ou militares comuns, há apenas uma dupla de sistemas (um GPS e um inercial, por exemplo) -mas, por questão de segurança, o Sucatão terá duas duplas.
O Sucatão, um Boeing KC-137 (da família 707) que completou 39 anos em fevereiro, passou por uma "maquiagem" em outubro passado, ao custo de R$ 2,2 milhões.
Na reforma, foi instalado um chuveiro na cabine presidencial, trocadas as poltronas e a forração do avião e instalados telefones celulares ligados a satélites.

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