São Paulo, domingo, 23 de março de 1997 |
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Atendimento não é 'fast-food'
NOELLY RUSSO
"O HC sempre precisa inovar e buscar melhorar e testar procedimentos. Atendemos casos de todo o país aqui e, em geral, os mais graves, casos que outros hospitais não podem cuidar." Segundo ele, o fato de o período de internação ter diminuído na ala infantil -de 136,9 dias em média, em 94, para 62,7, no ano passado- não indica um atendimento "fast-food", mas sofisticação. "Os casos são diagnosticados por equipes multidisciplinares. Infelizmente há crianças que necessitam de cuidados tão especiais, como a internação." Segundo Gentil Filho, faltam no Brasil equipamentos e instalações adequadas aos pacientes "crônicos". "O Brasil carece de uma comunidade terapêutica que se encarregue de cuidar desses pacientes, mas o hospital não pode, nem deve, pretender se tornar um asilo nesse sentido", afirma. Diz que o instituto toma muito cuidado para determinar a internação. "Há 15 anos, um garoto foi internado aqui com diagnóstico errado de ser um oligofrênico psicótico (retardo mental grave). Ele passou 15 anos convivendo com doentes mentais e, aos 22 anos, não pode ficar em sua casa, na favela, porque pode até ser morto. É um caso específico que recebe tratamento diferenciado." (NR) Texto Anterior: 'Criança se torna bode que fede em casa' Próximo Texto: Brinquedoteca ajuda tratamento e diagnóstico Índice |
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