São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Brincadeira é tratamento

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem perguntar para A., 7, se quer ir ao HC duas vezes por semana, vai ouvir um sim, com certeza.
Ela é uma das 32 crianças que participam do programa de terapia na brinquedoteca, criado há um ano.
A., foi diagnosticada com depressão. Chegou a ser medicada e hoje seu tratamento se resume às cerca de três horas que passa por semana com a irmã, L. O principal problema de A. era a dificuldade de se relacionar com outras crianças.
Sua irmã, L., ia ao local, em princípio, para acompanhá-la e, mais tarde, para aprender a controlar um leve quadro de ansiedade registrado pelos funcionários da brinquedoteca.
Segundo Ligia Helena Pagan, pedagoga terapêutica, que instalou a brinquedoteca no HC, as duas irmãs passam por uma fase ótima.
"A., era retraída e L., muito agitada. Não conseguia parar e brincar com nada. Fizemos com que ela apreciasse o brinquedo."
Segundo ela, a diferença entre as irmãs pode ter sido um dos fatores que levaram A. a se retrair. "Era difícil para A. acompanhar L. Hoje, elas brincam juntas."
Só para contrariar, a elétrica L. ficou tímida com a presença do fotógrafo da Folha e não quis saber de fotos. Já a retraída A., adorou se pintar e se fantasiar de bailarina.
(NR)

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