São Paulo, terça-feira, 25 de março de 1997 |
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Filho de Maia atendeu Vetor
WILSON TOSTA
Ganon explicou a Rodrigo Maia que a instituição não era responsável pela informação -publicada em reportagem sobre o Vetor, em dezembro de 1996- de que o município emitira títulos públicos para pagar precatórios. Em consequência da reportagem, o prefeito Cesar Maia (PFL) inabilitou o Banco Vetor para trabalhar com o município do Rio de Janeiro, por ter divulgado informação que, de acordo com o prefeito, era falsa. "Ganon disse que a informação não tinha sido deles, era produto de um engano do repórter, e que a situação do Vetor, que já estava difícil por causa do problema dos precatórios, pioraria com a declaração de inidoneidade", afirmou o secretário Rodrigo Maia. O decreto foi revogado. Em carta encontrada no Vetor, datada de 12 de dezembro do ano passado, Fábio Nahoum, outro sócio do banco, contou a Ganon que estava tentando lhe conseguir um encontro com Rodrigo Maia. Intermediários Os intermediários da reunião citados no texto eram Rui Martins (segundo Rodrigo, dono de uma corretora, e que não chegou a fazer contato com ele) e Luciano Corrêa, ex-colega de Rodrigo no Banco Icatu e filho de Orlando Corrêa, advogado e amigo de Ganon. Foram os Corrêa que o contataram. "Eles foram me procurar no Icatu, onde eu trabalhava na época, e eu expliquei a meu pai o que tinha acontecido", contou. "No fim do ano, a gente tirou o nome deles da inidoneidade." O secretário, que assumiu o cargo no início do ano, disse que o Rio não emitiu nenhum título para pagar precatórios, pois suas dívidas ajuizadas "são muito pequenas". Ele não soube dizer, porém, se o Vetor negociou com outros títulos do município. Texto Anterior: CPI busca conta 'fantasma' de banqueiro Próximo Texto: Pitta dá manual de defesa a deputados Índice |
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