São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997
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Câmbio comercial tem déficit no mês

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central precisou mais uma vez realizar um leilão de venda de dólar comercial para atender a demanda, que fez a cotação bater o teto da minibanda (R$ 1,0615).
O mercado continua com pouca oferta de moeda norte-americana.
Na segunda, por exemplo, o fluxo de dólares relativo às importações e exportações registrou déficit de US$ 159 milhões.
Foi o quinto dia seguido de saldo negativo registrado no câmbio comercial contratado.
Com isso, o resultado acumulado em março ficou negativo em US$ 25 milhões.
No câmbio financeiro, o resultado na segunda também foi negativo (US$ 24 milhões), o que fez a média diária recuar para uma entrada líquida de US$ 23,8 milhões.
Em fevereiro, por exemplo, o câmbio contratado do mercado financeiro (relativo a remessas de lucro, investimento em Bolsas etc) registrou um superávit diário médio de US$ 54 milhões.
Nesse mercado, segundo operadores, a alta dos juros básicos dentro do esperado pode fazer com que o fluxo de entrada de moeda volte a registrar superávit.
E inclusive o câmbio comercial contratado pode voltar a apresentar saldo positivo.
Isso porque o reajuste tímido dos juros nos EUA vai servir para desarmar os que imaginavam que o governo brasileiro vai alterar o ritmo das desvalorizações do real.
A questão é saber quanto tempo vai levar até que o fluxo de dólares para o país volte ao normal.
Bovespa
O saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa, até o dia 20 deste mês, foi de US$ 168,7 milhões.
O resultado pode ser considerado bom se se leva em conta que em março do ano passado o saldo foi negativo em US$ 67 milhões.
No resultado acumulado nos três primeiros meses deste ano, até o dia 20 deste mês, as entradas de dólar superaram as saídas em US$ 1,0 bilhão.
Títulos da dívida
A alta dos juros norte-americanos não teve grande impacto sobre os títulos da dívida externa brasileira negociados no exterior.
A principal explicação é que a mexida nos juros foi considerada moderada, já que o Fed decidiu não mexer no redesconto.

E-mail: mercado@uol.com.br

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