São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997 |
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CPIs, máfias
NELSON DE SÁ
CPIs e demais investigações ganham cobertura pelo país todo, com cada senador, deputado estadual, vereador ou delegado da Polícia Federal em espetáculo solo. A dos precatórios já "quer a quebra do sigilo por atacado", na manchete do SBT. A investigação por atacado avança por todo canto e chegou, depois das "paulistinhas", às "carioquinhas". O prefeito do Rio nem bem ouviu e disse à Globo que vai pedir, ele próprio, uma CPI no Estado. Quem também quer outra CPI é o presidente da CPI dos Precatórios. Ele quer uma CPI específica para os "políticos", no registro da Globo. Em Santa Catarina, a CPI local estava à voltas com os cálculos de um ex-funcionário paulistano, que centralizava negócios com os títulos. "Ele diz que é fácil", deu a CBN. "Mas há três horas está tentando demonstrar, e os deputados não entendem." E o senador/delegado Romeu Tuma viaja pelo país, ontem estava no Paraná, e as câmaras da Globo atrás. E os delegados da PF agora desconfiam que Celso Pitta está envolvido com o caso PC. Foi o que deu a Globo. Os escândalos se confundem e Augusto Farias, o deputado/irmão de PC, surgiu no TJ dizendo ser "delírio" a vinculação que od delegados vêem com a máfia italiana. Disse que a CPI de PC havia inventado antes uma "máfia de Arapiraca", relativa ao tráfico, sem provas. E no Aqui Agora, um legista que não crê no assassinato passional de PC era perguntado: "Foi a máfia italiana ou a máfia alagoana que matou PC?" Outras CPIs e "máfias" pelo país, que nada têm com os escândalos, ganhavam ontem os telejornais. É tempo de buscar, como reclamou o irmão de PC, notoriedade. Texto Anterior: Setor público paga os benefícios mais elevados Próximo Texto: Festa do PC do B une PT e Quércia Índice |
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