São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Sindicato pretende negociar empregos

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato dos Bancários de São Paulo ainda não sabe avaliar se a mudança no controle acionário do Bamerindus vai significar novas demissões na instituição.
Ricardo Berzoini, presidente do sindicato, diz que pretende a partir de segunda-feira procurar o Banco Central e a nova direção do Bamerindus para tratar do futuro dos funcionários.
A questão, na verdade, é saber se as demissões no Bamerindus vão continuar, se elas se intensificarão ou se terão fim.
Isso porque há pelo menos um ano, diz o sindicalista, o banco passa por um processo de reestruturação com redução de funcionários e do número de agências.
"Ainda não sabemos qual a intenção do Hong Kong Shangai, se eles pretendem ter no país um banco de varejo ou um banco menor, de investimento", afirmou.
Caso a opção seja por um banco de menor porte, então, avalia Berzoini, o sindicato vai querer negociar as eventuais demissões.
Estrutura
Diferentemente do que ocorreu com o Nacional, o Bamerindus passou a ser administrado por uma instituição de fora, sem estrutura montada no país.
Esse fato, em tese, abre espaço para a manutenção de um quadro maior de funcionários, considera Berzoini.
Segundo ele, os bancários estiveram nos últimos meses articulando no Congresso Nacional uma saída para que o Bamerindus "preservasse" a instituição.
Justamente por isso, afirma o sindicalista, não deve haver nenhum tipo de resistência ao fato de o novo controlador do Bamerindus ser um banco estrangeiro.
Pequenos poupadores
"Para nós o mais importante é preservar os empregos dos bancários. Não importa se o banco vai ficar com um grupo brasileiro ou com um grupo de fora, não faz a menor diferença", avalia o presidente do sindicato.
Berzoini, no entanto, diz acreditar que é possível manter a atual estrutura do banco, que no país cresceu em grande medida apoiado em pequenos e médios poupadores como clientes.
"O sindicato acredita que o Bamerindus tem um bom potencial de mercado e é um banco bem estruturado", considera.
Ricardo Berzoini diz ainda que no futuro do Bamerindus deve pesar o fator político, especialmente pela forte presença do banco no Estado do Paraná.

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