São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Para Fiesp, a medida é positiva

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiesp viu com bons olhos a medida de restrição à importação baixada pelo governo federal.
"É uma reivindicação antiga da indústria porque atinge o maior problema da concorrência com os importados, que era justamente as condições de financiamento", disse Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia da Fiesp.
Segundo Tabacof, a principal consequência é que o produto nacional passa a ter melhores condições de enfrentar os importados.
Isso vai ocorrer principalmente com o setor de bens intermediários, especialmente matérias-primas e componentes.
Assim é esperado que haja um impacto nos preços desses produtos, já que os importadores perder
am o benefício do pagamento a prazo. Para o diretor da Fiesp, no entanto, "ainda não é possível avaliar qual será o impacto sobre os índices de inflação".
Poupança
Segundo avaliou o Conselho Superior de Economia da Fiesp, disse Tabacof, a restrição ao financiamento das importações deve surtir efeito sobre o déficit comercial.
No entanto, considerou, esse efeito deve ser passageiro.
"O que foi feito não é suficiente para reequilibrar as contas externas do país. Por isso não há outro jeito a não ser fazer as reformas e, assim, aumentar as exportações."
A federação defendeu um incremento na poupança nacional, que hoje é de cerca de 18% do PIB.

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