São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997 |
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Ação derruba tese do 'déficit-bicicleta'
LUIZ ANTONIO CINTRA
O raciocínio, na realidade, teve pouco tempo de vida útil. O diretor do BC teve apenas uma semana para usar a argumentação, esvaziada agora pelo próprio governo. Segundo a tese de Franco, o importante em termos de balança comercial é olhar para as entradas e saídas de dólar do país, o câmbio contratado, que no ano passado teve superávit de US$ 8 bilhões no segmento comercial. A intenção era desarmar os críticos do déficit de US$ 5,5 bilhões de 96 na balança comercial física, que acompanha as entradas e saídas de mercadorias. A diferença ocorre justamente porque o pagamento das importações era financiado, o que desde ontem deixou de ser possível para cerca de 60% dos produtos importados pelo país. Para defender seu argumento, Franco comparou o financiamento externo das importações a uma "bicicleta que anda pelo resto da vida"; por isso o déficit comercial não preocuparia o governo. Ainda que esses financiamentos de fora continuem existindo, eles perderam atrativo para o importador, que terá de pagar à vista. Texto Anterior: Carro importado pode encarecer até 2% Próximo Texto: Conceição Tavares vê efeito duvidoso Índice |
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