São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997 |
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Conceição Tavares vê efeito duvidoso
DA REPORTAGEM LOCAL A decisão do governo, de proibir as importações financiadas em até 360 dias, terá efeito duvidoso. A previsão é da economista Maria da Conceição Tavares, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para quem o país caminha para uma recessão."Ela virá, mais cedo ou mais tarde", porque não há controle sobre o câmbio. "O governo pode proibir as importações legais, mas não as ilegais." A economista diz que o real está sobrevalorizado. Entretanto, não basta apenas fazer uma desvalorização. "É preciso mudar a política cambial como um todo." O professor Paulo Nogueira Batista, do Departamento de Economia da FGV, diz que reduzir o fator de estímulo às importações (financiamento externo) não vai resolver o desequilíbrio da balança. Ele entende que seria necessário desvalorizar o real -não uma máxi, que seria inadequada-, reduzir previamente o desequilíbrio das contas públicas e ampliar a banda de variação cambial. Para Batista, a decisão do governo tem o mérito de reconhecer o problema do déficit comercial. Já a Fiesp viu com bons olhos a medida. "É uma reivindicação antiga da indústria porque atinge o maior problema da concorrência com os importados, que era as condições de financiamento", disse Boris Tabacof, diretor da Fiesp. Texto Anterior: Ação derruba tese do 'déficit-bicicleta' Próximo Texto: Medida afeta prazos de venda e a "ciranda financeira" Índice |
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