São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Medida afeta prazos de venda e a "ciranda financeira"

Importadores da área do comércio perdem com novas regras

CLÁUDIO EUGÊNIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os comerciantes que vinham utilizando o dinheiro das importações para aplicar no mercado financeiro nacional ou que davam prazos de até 40 dias para os consumidores foram os mais atingidos.
Geralmente as compras de bens de consumo com prazo de pagamento de até 360 dias tinham essas funções.
Para João Silva, diretor comercial da área de importação da rede Real Price, loja especializada na importação de produtos de baixo valor para comercialização ao preço fixo de R$ 5, diz que não deve enfrentar problemas com as novas medidas, por efetuar suas compras à vista.
"Essas medidas colocam os importadores em pé de igualdade com os fabricantes nacionais. O comerciante que não tiver capital de giro deverá ser afetado", diz ele.
Alimentos
Luiz Henrique Peres Calil, diretor comercial da CB Com. Importadora e Exportadora, diz que haverá aumento de preço no varejo de importados, principalmente na área de produtos alimentícios.
"As empresas que fazem importação sem capital de giro devem repassar o custo do dinheiro para os produtos", afirma ele.
"O governo acertou nas medidas, apesar de estas serem ruins para os importadores. No entanto é melhor do que mexer na taxa de câmbio", completa Luiz Henrique Calil.

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