São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997 |
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Conflito é mostrado com eficiência
CÁSSIO STARLING CARLOS
Pitt -incapaz de nuances, como sempre- é Frankie Maguire, o Anjo, um ativista do IRA que consegue migrar para os EUA a fim de comprar armas e prosseguir a luta de acordo com seus princípios, ou seja, pela via da violência. Ford é Tom O'Meara, um policial de origem irlandesa que vive pacificamente com sua família no Brooklyn, em Nova York. Os dois representam alguns pólos de opostos, como dentro e fora da lei, pró e contra a violência. No fundo, figuram as posições em confronto no caso da autonomia irlandesa e sua guerra civil. A direção segura de Pakula contempla esses pólos com equilíbrio e interesse, permitindo compreender os interesses em conflito e evitando o maniqueísmo rasteiro. A opção realista de narrativa também garante bons momentos, sobretudo nas cenas que retratam o cotidiano de O'Meara como policial nas ruas de Nova York. Uma fala do Anjo resume a idéia do filme: "Na América, as histórias têm final feliz. Na Irlanda isso não é possível". Com uma visão amarga do conflito, "Inimigo Íntimo" é eficaz em mostrar o barril de pólvora sob o trono da rainha. Filme: Inimigo Íntimo Produção: EUA, 1997 Direção: Alan J. Pakula Com: Harrison Ford, Brad Pitt Quando: a partir de hoje nos cines Astor, Eldorado 1 e circuito Texto Anterior: Pitt saiu atirando em 'Inimigo Íntimo' Próximo Texto: Filme tem efeitos especiais e obviedades Índice |
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