São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Civil cria curso para militares

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Expedito Carlos Stephani Bastos, de Juiz de Fora (MG), não tem condições nem espaço para colecionar tanques, mas ele compensa isso de duas formas.
Ele monta modelos de plástico em escala 1/35 (trinta e cinco vezes menor o tamanho real) e pesquisa detalhadamente a história dos blindados no Brasil e no mundo.
"Um hobby não é obrigatoriamente só passatempo. Com ele podemos ampliar nossos conhecimentos", diz ele.
Seu conhecimento fez dele um dos civis a dar palestra para militares sobre temas militares. Foi quem elaborou e ministrou o currículo de História Militar na Academia da Força Aérea, de 91 a 93.
Também já fez palestras no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, na 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (RJ), 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, em Santos Dumont (MG), no 1º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada (Esquadrão Tenente Amaro), em Valença (RJ), entre outros.
Ao visitar uma unidade militar, Bastos tropeçou em algo usado para impedir uma porta de bater: um raríssimo canhão Puteaux de 37 mm de calibre, usado no primeiro tanque comprado pelo Brasil, o modelo francês Renault FT-17.
Hoje, o tanque está na Escola de Material Bélico (EsMB) no Rio. "Em perfeito estado de funcionamento", faz questão de lembrar, e completo com o canhão original.
Ele reuniu mais de 6.000 volumes, além de armas, capacetes, peças de fardamento, condecorações e 2.500 maquetes de aviões e veículos militares, do final do século 19 aos dias de hoje.
(RBN)

Texto Anterior: Tanque de guerra volta à ativa em paintball
Próximo Texto: Deficiente grávida enfrenta preconceito
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.