São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
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Nova decisão da Justiça põe em vigor lei de imigração

Corte de recursos derruba adiamento; legislação afeta

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Uma corte federal de recursos derrubou pouco antes da 0h de ontem (2h em Brasília) decisão do juiz que havia suspendido por quatro dias a entrada em vigor da nova lei de imigração dos EUA.
O juiz Emmet Sullivan decidiu que o governo norte-americano não havia dado tempo suficiente para 5 milhões de imigrantes ilegais se prepararem. Mas o governo apelou com o argumento de que, se a lei não entrasse em vigor ontem, como programado, o serviço de imigração do país ficaria em caos porque a legislação anterior deixara de vigorar anteontem.
Grupos de defesa dos direitos de imigrantes dizem que a regulamentação da lei não foi publicada 30 dias antes da sua entrada em vigor, como exige o Congresso. Mas o Serviço de Imigração diz ter enviado a regulamentação para o Diário Oficial no prazo e que o atraso de quatro dias na publicação não é de sua responsabilidade.
Apesar de ter derrubado a decisão de Sullivan, os três juízes da corte de recursos apelaram ao Serviço de Imigração para não aplicar a lei contra quem demonstre ter sido prejudicado pelo atraso na publicação de sua regulamentação.
A nova lei proibirá a reentrada por três anos nos EUA de imigrantes que permaneçam ilegalmente no país por um período de seis meses a um ano a partir de ontem. Quem ficar ilegal no país por mais um ano a partir de ontem não poderá voltar aos EUA por dez anos.
A lei dificulta a concessão de asilo político ou econômico e impõe penas mais severas a quem promova a entrada ilegal de imigrantes no país. O governo nega que vá promover deportações em massa.

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