São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997 |
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PFL diz ser contra prorrogar o FEF
MARTA SALOMON
A decisão foi anunciada pelo líder do partido, deputado Inocêncio Oliveira (PE), após reunião da bancada. Estava presente o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Martus Tavares, que reconheceu as perdas. "O PFL tem as maiores dificuldades de votar o projeto se não forem encontrados caminhos para fazer a compensação aos Estados e municípios", resumiu Inocêncio. O presidente Fernando Henrique Cardoso propôs uma nova prorrogação do FEF até dezembro de 99 (tempo que deve durar o ajuste nas contas públicas). O governo insiste em que a medida evitará um déficit no Orçamento neste ano. O fundo tem sobrevida garantida só até junho. Sem o FEF, haverá "prejuízo para o crescimento e para as condições de vida da população mais pobre", ameaça cartilha distribuída a parlamentares pelo governo. Os deputados pefelistas afirmaram que não cogitam romper com o governo, mas disseram ser um "suicídio político" aprovar a prorrogação do FEF. "Com isso aqui eu perco votos", investiu o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA). Os caminhos apontados pela bancada variam desde a votação imediata de uma reforma tributária, capaz de aumentar a arrecadação do governo, à redução das perdas impostas a Estados mais pobres do Nordeste. As bases dos deputados sobrevivem à custa de repasses de impostos federais, reduzidos com o FEF. "Temos que ver nossa sobrevivência política: ninguém veio aqui para se suicidar politicamente", disse Benedito de Lira (PFL-AL). Texto Anterior: Governo pretende manter CPMF em 98 Próximo Texto: Reunião com FHC discute Orçamento Índice |
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