São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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Inquérito que apura morte de conferente deve terminar hoje

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O inquérito que apura o assassinato do conferente Mário José Josino deve ser encerrado hoje pelo delegado Mitiaki Yamamoto, titular do 2º DP (Distrito Policial) de Diadema.
Yamamoto indiciou (acusou formalmente) anteontem seis policiais militares pela morte de Josino. Otávio Lourenço Gambra, o Rambo, é apontado como autor do crime.
O cabo Ricardo Luís Buzeto e os soldados Maurício Gomes Louzada, Nélson Soares Silva Júnior, Demontier Carolino Figueiredo e Adriano Lima Oliveira foram indiciados como co-autores.
Todos eles devem responder a processo por violação do artigo 121 do Código Penal (homicídio), que prevê de 12 a 30 anos de prisão.
Quadrilha
Os seis PMs acusados de homicídio mais o soldado Rogério Neri Bonfim também foram indiciados por tentativa de homicídio contra Jefferson Santos Caputi e Antonio Carlos Dias, que estavam no mesmo carro de Josino.
Dez policiais de Diadema foram indiciados por formação de quadrilha ou bando armado e abuso de autoridade.
Além dos sete já citados, são acusados o terceiro-sargento Reginaldo José dos Santos, o cabo João Batista de Queirós e o soldado Paulo Rogério Garcia Barreto.
Denúncia
O delegado Yamamoto deve enviar ainda hoje o inquérito ao Ministério Público.
O inquérito foi aberto em 7 de março, dia da morte de Josino, e tinha um prazo de 30 dias para ser encerrado.
O promotor José Carlos Guilhem Blat afirmou que deve denunciar todos os acusados assim que receber o inquérito. "Esses bandidos de farda precisam ser condenados o mais rápido possível."
(OC)

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