São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997 |
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Taxistas protestam contra perueiros
LUCIANA BENATTI
Eles protestavam contra a ação dos perueiros, táxis clandestinos e taxistas de outros municípios que pegam passageiros em São Paulo. Por volta das 11h30, o protesto estava na altura do viaduto Tutóia, mas o congestionamento ia até o aeroporto de Congonhas. Apesar disso, o pico dos congestionamentos da manhã -98 km- foi registrado às 8h30 e ficou dentro da média dos últimos dias. Os manifestantes seguiram em fila até o Palácio das Indústrias, sede da prefeitura paulistana. Chegando lá, estacionaram seus táxis e começaram a protestar em frente à prefeitura com faixas e cartazes. O vereador Natalício Bezerra Silva, presidente do sindicato, entregou um documento com reivindicações relativas à fiscalização dos clandestinos ao assessor de gabinete da prefeitura e responsável pelas negociações, José Romano. Os manifestantes se recusaram a ouvi-lo e passaram a exigir a presença do prefeito Celso Pitta. Para tentar resolver o impasse, o vereador propôs que cinco representantes entrassem na prefeitura para conversar com o assessor. A conversa, que durou cerca de dez minutos, não satisfez os manifestantes. Tanto o assessor quanto os representantes dos taxistas estavam bastante nervosos. "A fatia maior do filé mignon dos taxistas está sendo levada pelos perueiros, clandestinos e os caras lá de Guarulhos", disse o vereador no carro de som do sindicato. Os manifestantes continuavam pedindo a presença do prefeito ou do secretário dos Transportes. "O Pitta recebeu os perueiros. E nós, que somos legalizados?", disse o taxista José Paulics, 45. Houve um princípio de tumulto quando um dos policiais da Guarda Civil Metropolitana chamou o vereador de "sem-vergonha" provocando a ira dos taxistas. Nessa altura, chegou à prefeitura, caracterizado como o prefeito Celso Pitta, o humorista Hélio de La Peña, do Casseta e Planeta, da Rede Globo, para gravar cenas alusivas à CPI dos Precatórios. "Só esse Pitta para nos apoiar, resolver nosso problema", gritou um manifestante. O protesto só acabou quando o secretário de governo, Edevaldo Alves da Silva, foi até o carro de som falar aos manifestantes. "Resolveremos esse problema de hoje (ontem) para amanhã (hoje). Essa é minha promessa para vocês", disse. Ele marcou para as 9h de hoje, em seu gabinete, uma reunião com o secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, e uma comissão de taxistas. Texto Anterior: Professor de federal pode ter previdência Próximo Texto: Texto propõe que lotação seja liberado do rodízio Índice |
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