São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997 |
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Treino é treino
JUCA KFOURI E jogo é jogo.Mas quem viu o treino entre titulares e reservas da seleção em Brasília garante que foi mais difícil e proveitoso que a goleada diante do Chile. É possível, porque o jogo diante do fraco time chileno serviu apenas para mostrar que Juninho e Denílson não podem jogar juntos, dadas as características muito parecidas de ambos. Conduzem mais do que lançam, o que manteve isolada a dupla Ro-Ro, que viveu só de cruzamentos das laterais e contra-ataques. Zagallo, no entanto, diz que gostou de Juninho. Talvez, apenas para ser educado e agradecer pelos serviços prestados. Leandro também não foi bem, errando passes demais e deixando descoberta a lateral-esquerda, sempre que Roberto Carlos avançava, obrigando Gonçalves a se desdobrar com as bolas nas costas que levava. Tudo isso, no entanto, é pouco, diante de mais uma confirmação: dificilmente o Brasil passará um jogo em branco com a dupla Ro-Ro em campo -rima paupérrima, solução milionária. * Tudo bem, leitor insistente. Aí vai o que seria a minha seleção hoje, com pelo menos uma heresia que, bem sei, me custará caro, e com uma aposta: Velloso; Cafu, Júnior Baiano (a heresia, condicionada a que ele se limite à bola), Cléber e Roberto Carlos; Dunga (a aposta, porque não o tenho visto jogar no Japão), Leonardo, Givanni e Djalminha; Romário e Ronaldinho. Se de dez jogos este time não vencer todos, não me chamarei mais Juca Wite Fibe. * Por falar em nomes, veja o achado do jornalista Marcos de Castro, no "Jornal do Brasil": o nome Kléber vem do alemão e significa "colador de cartazes", segundo o dicionário etimológico de Antenor Nascentes. Castro, rubro-negro saudável, não gosta do presidente do Flamengo, Kléber Leite, e o homenageou com mais um artigo devastador na terça-feira passada, sob o título "O colador de cartazes", embora o próprio Kléber talvez não veja motivos para se sentir ofendido, posto que jamais declinou de sua condição de vendedor de placas. * Impressionante uma outra descoberta do "JB": o técnico Joel Santana está há 47 jogos invicto no Campeonato Carioca, com apenas seis empates. São 12 jogos pelo Flu, em 1995, 22 pelo Fla, em 1996 e 13 pelo Bota agora. Texto Anterior: Violência é a marca das eliminatórias Próximo Texto: Grupo deixa Corinthians e ameaça profissionalização Índice |
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