São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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QUEM É QUEM

ERIKA PALOMINO

Conheça a Dedé, que ninguém chama pelo nome de verdade, Gisele Miranda. Que também ninguém conhece pela idade de verdade, 39 -já que nem parece. Todo mundo conhece a Dedé pelas históricas festas que mobilizam toda a cena e pelo sorriso sempre tranquilo.
Dedé já viu muita coisa na noite. Agora vê -e de alguma maneira representa- um novo momento de meninas na noite: assumidas sem precisar levantar bandeira; conscientes sem serem chatas; bem resolvidas. Dedé é top!

Há quanto tempo você sai à noite?
De verdade ou de mentira? Faz uns 15 anos. Tô mentindo, faz mais...
Que lugares você frequenta?
Dos modernos? Todos do quadrilátero dos Jardins, o "Cubo", o Gourmet, a B.A.S.E na noite GLS.
Quando você começou a sair, onde era e qual foi sua primeira impressão da noite?
Faz muito tempo... Era mais caricato do que hoje. As pessoas não eram tão modernas, não tinha glamour, não tinha essa ferveção boa. Era uma coisa mais Moustache mesmo. Hoje é mais bonito. Antes as pessoas não eram tão resolvidas, havia mais preconceito.
O que tem de mais legal na noite de São Paulo?
A diversificação dos lugares. Você pode frequentar numa boa sem ter medo de ser rotulada de nada, de ser olhada pelas pessoas. A liberdade. Neste sentido, você acha que este é um novo momento das garotas na noite da cidade? É que antes as pessoas de fato não eram assumidas. Hoje se relacionam melhor, há menos estereótipos. É mais tranquilo.
O que te cansa na noite?
O povo que baba e se droga, perdendo a sintonia. Cada um no seu timing, mas não gosto quando destoa dessa cultura moderna.
Fale o seu roteiro na noite para esta semana, a partir de hoje.
Viajo hoje para Barra do Sahy, volto domingo para a B.A.S.E, um programa GLS. Segunda e terça, cinema. Quarta tem o "Cubo", na nova noite das bolachas. Quinta e sexta folga, né? Sábado tem o Chill In e o Gourmet.

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