São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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TRECHO

"O descobrimento de Mateo Colombo surge precisamente quando o ambiente feminino, aos poucos e sutilmente, pula os muros e atravessa as portas dos conventos, dos prostíbulos e da cálida mas monástica doçura do lar. A mulher, timidamente, se atreve a discutir com o homem. Com certo exagero, se chegou a dizer que no século 16 se deu a "batalha dos sexos".
Sob essas circunstâncias, o que era a América de Mateo Colombo? O limite entre o descobrimento e a invenção é muito mais difuso do que parece à primeira vista. Mateo -é hora de dizê-lo- descobriu aquilo com que, alguma vez, todos os homens sonharam: a chave mágica que abre o coração das mulheres, o segredo que governa a misteriosa vontade do amor feminino. Aquilo que foi buscado por bruxos, feiticeiras, xamãs e alquimistas (...).
Mateo Colombo buscou, peregrinou e, finalmente, achou a doce terra desejada: o órgão que comanda o amor nas mulheres, o Amor Veneris -dessa forma o anatomista o batizou. (...)"

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