São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Grupo tenta linchar acusado de matar garota

DA FOLHA VALE

Os presos da Cadeia Pública de Pindamonhangaba (140 km de SP) tentaram linchar o cabeleireiro Luiz Cláudio Ribeiro, 35, acusado de ter matado a menina Rafaela Aparecida Silva Borges, 6, no dia 3.
Ela foi encontrada por policiais enterrada dentro de um vaso na casa de Ribeiro. Teve a cabeça decepada e o antebraço arrancado.
Ribeiro escapou de ser linchado porque os carcereiros o tiraram da cela. Ele foi transferido ontem para a cadeia de Taubaté, onde está em uma cela isolada. O crime foi descoberto no fim-de-semana. Segundo a polícia, a cabeça de Rafaela estava no freezer. A autópsia revelou que ela sofreu abuso sexual.
Segundo o delegado Jailton José dos Santos, o crime revoltou os vizinhos. O delegado disse que o cabeleireiro registrou boletim de ocorrência de desaparecimento da menina em 4 de abril. Os vizinhos acusaram Ribeiro de maus-tratos.
A menina tinha sido deixada na casa de Ribeiro pela mãe, Eunice Silva Borges -ex-empregada da casa- havia cinco meses.
O delegado investiga a participação do segurança Laércio Fortunato. Ele está detido na Cadeia Pública de Taubaté por estelionato. Segundo o delegado, Fortunato confessou ter visitado Ribeiro, mas negou participação no crime. Em depoimento, Ribeiro disse que usou cocaína com o vigia, que teria matado a menina.

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