São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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IPM vê transgressão em ação em cadeia

DA FOLHA RIBEIRÃO

O IPM (Inquérito Policial Militar) que apurou o envolvimento de oito PMs no espancamento de pelo menos 22 presas na Cadeia Pública de Santa Rosa do Viterbo (305 km de SP), em janeiro, concluiu que houve transgressão disciplinar e indícios de crime militar cometido pelos oficiais.
Participaram da operação oito PMs e seis civis. Os inquéritos das polícias Militar e Civil foram entregues no final da semana ao ouvidor da Polícia de São Paulo, Benedito Domingos Mariano.
O inquérito civil será encaminhado no dia 10 para o procurador-geral de Justiça, Luís Antônio Marrey. O IPM vai para o Tribunal de Justiça Militar. Segundo o ouvidor, o inquérito da Polícia Civil aponta que os policiais agiram em legítima defesa. Mariano diz que a ouvidoria conclui em seu relatório que não houve rebelião, mas um protesto pacífico das presas.
O coronel Acetes Lozano, 50, responsável pelo CPAI-3 (Comando de Policiamento de Área em Ribeirão Preto) diz que os PMs agiram sem avisar os superiores.
Já o delegado-seccional de Ribeirão Preto, José Manoel de Oliveira, que presidiu o inquérito da Polícia Civil, disse que os policiais agiram em uma situação de confronto.

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