São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Comodismo impede denúncia

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Dorasil Castilho Corval, não atribui ao medo da população o fato de não haver registro da violência na delegacia de Jacarepaguá. Para ele, não houve queixa por"comodismo" dos moradores.
Para o comandante, para quem a falta de credibilidade na polícia também afeta a reação dos moradores. "É a falta de credibilidade que as instituições vem tentando recuperar", afirmou.
Corval disse que o comandante da operação (o oficial que aparece na fita) "é o responsável". Ele não revelou o nome do oficial nem dos outros cinco soldados presos. Mas eximiu o comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), Maurício Guedini, de culpa.
"Ninguém sabia do fato. Isso é muito comum. Numa instituição com 28 mil pessoas trabalhando, pode acontecer. Quem acompanha seus filhos 24 horas?"
Corval e Ghedini assistiram ao "Jornal Nacional" junto com o chefe de Polícia Civil, Hélio Luz, o secretário da Segurança Pública, Nilton Cerqueira, o chefe do Estado-Maior, Sérgio da Cruz, e o corregedor da PM, Laércio Pacheco Martins.
Logo após o noticiário, o comandante da PM telefonou ao 18º BPM solicitando a imediata detenção dos policiais, identificados por Ghedini na fita de vídeo. Corval disse que sofreu "o vexame e a agressão" dos moradores ao ver as cenas. "Me senti como se fosse o próprio agredido".

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