São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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EUA julgam empresa por morte de fumante

Vítima morreu de câncer aos 49 anos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Começou ontem em Jacksonville, Flórida, Costa Leste dos EUA, a seleção do júri que vai decidir se a R. J. Reynolds, segunda maior produtora de cigarros do país, é responsável pela morte de Jean Connor, fumante por anos do cigarro Salem. Connor morreu de câncer em 1995, aos 49 anos.
O advogado da família de Connor, Norwood Winier, ganhou no ano passado ação similar contra a Brown & Williamson, condenada a pagar US$ 750 mil à família do fumante Grady Carter. A empresa está recorrendo da decisão, que foi a de maior monta contra produtores de cigarro na história dos EUA.
O vice-presidente da R. J. Reynolds, Daniel Donahue, disse ontem que Jean Connor fumava por prazer, não por ser viciada, e sabia dos riscos do hábito.
Winier vai tentar convencer o júri de que a Reynolds intencionalmente provocou a dependência física de Connor, a mesma racionalidade que ele usou com êxito contra a Brown & Williamson. A decisão de 96 derrubou as ações dos produtores de cigarros nas Bolsas.

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