São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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CPI já cumpriu meta principal, diz Requião
LUCIO VAZ
O relator da CPI, Roberto Requião (PMDB-PR), foi claro: "Quem vai completar esse trabalho é a polícia. Temos que dar o roteiro claro para a Justiça. A CPI já chegou ao caminho do dinheiro. Quem vai procurar os cheques não são os senadores. Nós já fizemos a nossa parte". Requião disse que a CPI deve, agora, aprofundar as investigações, examinar documentos e tomar depoimentos de autoridades como o governador Divaldo Suruagy e o prefeito Celso Pitta. Mas deve restringir os depoimentos. O presidente da CPI, Bernardo Cabral (PFL-AM), faz uma previsão sobre os trabalhos: "A inteligência do senador Requião pode fazer com que a CPI acabe antes". O líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), afirmou que a CPI "pode transferir os indícios para a Receita, o Ministério Público e a PF, para aprofundar as investigações". Jader disse que o "grande mérito" da comissão foi "desvendar a cadeia dos precatórios". "A CPI não acabou em pizza. Já é possível indiciar governadores e prefeitos por crime de responsabilidade e laranjas por falsidade ideológica." Para dar continuidade à fiscalização do sistema financeiro, o líder do PMDB propôs ontem a criação de uma comissão mista permanente do sistema financeiro. Ele afirmou que a CPI mostrou que falta no Congresso um órgão especial para atuar nessa área. A cúpula da CPI acha que os depoimentos devem ser suspensos para que os senadores possam analisar mais os documentos obtidos. "Pretendo parar uma semana para examinar os documentos e estabelecer com os sub-relatores o programa de trabalho. Vamos ver quais audiências mais são necessárias", disse Requião. Texto Anterior: Comissão quebra sigilo de diretor do BC Próximo Texto: Prefeito critica diretor do Bradesco Índice |
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