São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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A proposta dos aliados de FHC para a reforma administrativa

Licitação
Como fica
As estatais terão um regime próprio de licitação e contração de serviços, definido no estatuto da empresa
Como é hoje
Existem normas gerais de licitação e contratação para toda a administração pública

Estrangeiros
Como fica
Permite o acesso do estrangeiro no serviço público. Haverá uma lei para definir em que condições e áreas eles atuarão
Como é hoje
Somente brasileiros podem ser servidores públicos

Remuneração
Como fica
A remuneração dos servidores só poderá ser fixada ou alterada por lei específica. O reajuste será geral e feito uma vez por ano
Como é hoje
Não prevê a obrigatoriedade de lei

Salário de parlamentares
Como fica
Deputados e senadores vão poder a qualquer momento rever os seus vencimentos
Como é hoje
Os parlamentares fixam os salários das legislaturas seguintes

Concurso público
Como fica
Os concursos terão normas diferentes, variando de acordo com "a natureza e a complexidade" do cargo. As nomeações para cargos de confiança podem ser feitas sem concurso
Como é hoje
Não estabelece as diferenças nos concursos

Regime jurídico único
Como fica
Fica suprimida a obrigatoriedade o regime jurídico único
Como é hoje
Prevê a necessidade do regime

Teto salarial
Como fica
A emenda apoiada pelo governo vai permitir que parlamentares, ministros e ocupantes de cargo em comissão acumulem, além do teto de R$ 10,8 mil, uma aposentadoria do mesmo valor
Como é hoje
Não há

Subteto
Como fica
Os Estados e municípios podem fixar limites salariais inferiores ao salário do ministro do STF
Como é hoje
Não prevê subteto

Isonomia
Como fica
Acaba com a isonomia salarial para os cargos de atribuições iguais no mesmo Poder ou entre servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário
Como é hoje
Assegura a isonomia

Aposentadoria
Como fica
Fixa em 75 anos a idade para aposentadoria compulsória do servidor público
Como é hoje
A idade para a aposentadoria compulsória é 70 anos

Desempenho
Como fica
Prevê que o funcionário poderá ser demitido por insuficiência de desempenho, medida por uma avaliação periódica
Como é hoje
Não prevê esse caso

Estados e municípios
Como fica
Proíbe o repasse de verbas e os empréstimos para que Estados e municípios paguem salários
Como é hoje
Não prevê essa proibição

Enxugamento
Como fica
Governos federal, estadual e municipal terão que reduzir em 20% as despesas com cargos de confiança e demitirão funcionários não estáveis
Como é hoje
Não há exigência

Demissão
Como fica
Os governos poderão demitir funcionários estáveis por excesso de quadro, quando o gasto com a folha salarial ultrapassar 60% da arrecadação. Os critérios para esse tipo de demissão serão estabelecidos em lei
Como é hoje
Funcionários estáveis não podem ser demitidos

Estabilidade
Como fica
O servidor passa a ter estabilidade no emprego depois de cinco anos no trabalho
Como é hoje
O chamado estágio probatório é de dois anos

Privatização
Como fica
Determina que num prazo de dois anos a União, os Estados e municípios privatizem ou fechem suas empresas deficitárias
Como é hoje
Não há exigência

O governo precisa de
308 votos na Câmara para aprovar sua proposta de reforma administrativa; no Senado, são necessários 49 votos

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