São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Ministros do PMDB assumem após votação da reforma, afirma Temer

Presidente da Câmara faz as pazes com Motta

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou ontem que os dois novos ministros do PMDB deverão ser nomeados logo após a votação em primeiro turno da reforma administrativa, marcada para hoje.
Temer se reuniu anteontem à noite com o presidente Fernando Henrique Cardoso e apostou nos deputados Aloysio Nunes Ferreira (PMDB-SP) e Eliseu Padilha (PMDB-RJ) como "nomes quentes" para o ministério.
Aloysio iria para a vaga aberta na segunda-feira pelo ministro Nelson Jobim no Ministério da Justiça. Padilha iria para o Ministério dos Transportes, ocupado interinamente por Alcides Saldanha há quase nove meses.
A conversa com FHC serviu para restabelecer o relacionamento entre Temer e o ministro Sérgio Motta (Comunicações), que telefonara aos gritos para o presidente da Câmara na quarta-feira passada, dia da fracassada tentativa de votar a reforma administrativa.
Durante o telefonema, Motta teria ameaçado tirar do PMDB os dois ministérios prometidos.
Diante da intimidação do ministro, Temer teria batido o telefone. Anteontem, Motta disse que tudo não passou de "uma discussão franca com um amigo fraternal".
O encontro com FHC no Palácio da Alvorada foi seguido por uma visita do próprio ministro ao deputado. Os dois jantaram juntos. Depois de ouvir um pedido de desculpas de Motta, Temer declarou o episódio superado.
"Eles estão perfeitamente entendidos", relatou o líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), porta-voz, na última sexta-feira, da intenção de Temer de barrar Motta nas reuniões do comando político do governo que se realizassem na presidência oficial da Câmara.

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