São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Motta agora tenta reduzir atritos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de amenizar as críticas ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), o ministro Sérgio Motta resolveu ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, afagar os ministros Antônio Kandir (Planejamento) e Pedro Malan (Fazenda), presentes ao evento.
Ao se dirigir aos colegas de ministério em seu discurso, Motta referiu-se a eles como "companheiros pra valer". Na semana passada, o ministro havia afirmado que era feliz porque não dependia (das verbas) de Kandir e Malan.
Em seu discurso, o presidente Fernando Henrique Cardoso destacou a importância de seus assessores presentes. "Estamos aqui com todos esses ministros tão poderosos", disse.
Na mesma declaração em que falou de sua independência em relação às verbas, o ministro das Comunicações criticou também o FMI, o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), e a CNBB.
As críticas a Temer foram dirigidas diretamente ao alvo, por telefone. Motta ligou para o presidente da Câmara reclamando, em tom agressivo, do adiamento da votação da reforma administrativa, na quarta-feira passada.
Anteontem em São Paulo, Motta iniciou a série de desmentidos e afagos. Disse à empresários que suas declarações foram mal interpretadas pelos jornalistas.
Sobre Covas, negou que o tenha criticado por sua atuação no caso da ação policial em Diadema. Afirmou que Covas é "um amigo fraternal e excepcional governador".

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