São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alencar evita "efeito Covas"

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

O governador Marcello Alencar (PSDB) agiu mais diretamente no caso da Cidade de Deus que o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), no episódio Diadema, há uma semana.
Alencar decidiu expulsar os seis PMs envolvidos nos espancamentos por temer que seu governo se envolva num processo de desgaste como o sofrido por Covas, segundo apurou ontem a Folha.
Outra preocupação do governador foi evitar que a PM do Rio entrasse numa crise, como a que atingiu a corporação paulista.
Segundo pessoas que são próximas ao governador, desde a veiculação da fita de Diadema, Alencar temia que episódios semelhantes ocorressem no Rio. Quando viu o Jornal Nacional, ele se irritou.
"Não admito esse tipo de covardia", teria afirmado, após a exibição do primeiro bloco do noticiário. O governador fora informado por um assessor, por volta de 17h45, da existência da fita. A notícia chegara ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, por volta de 17h30.
Alencar quer mostrar à Polícia Militar que é efetivamente o seu chefe. Hoje, a partir de 9h, se reúne com o comando-geral da corporação.
Outro objetivo do governador é fazer algo para recuperar a imagem da Polícia Militar.
Ontem, no Palácio Guanabara, pensava-se em alguma iniciativa que envolva a comunidade, talvez a da própria Cidade de Deus.

Texto Anterior: Vítimas dizem que PMs tinham papelotes de cocaína
Próximo Texto: REPERCUSSÃO
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.