São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Serviço recebe 60 denúncias

DA SUCURSAL DO RIO

Em seu primeiro dia de funcionamento, o Disque-Abuso de Autoridade -lançado ontem à tarde pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, com apoio da Defensoria Pública do Estado- recebeu 60 denúncias contra policiais.
Segundo a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputada Heloneida Studart (PT), as reclamações mais frequentes foram as de espancamento imotivado e extorsão.
Os denunciantes têm à disposição dois números de telefone (021/533-6777 e 021/533-4946) e não precisam se identificar. Segundo a deputada, as reclamações serão checadas e encaminhadas ao Ministério Público e Defensoria Pública.
"O problema da violência policial é crônico, mas está piorando", disse Heloneida. "Este ano, houve mais assassinatos de pessoas por policiais que no ano passado, por causa do decreto que premia o policial que mata suspeitos."
As duas primeiras denúncias foram apresentadas pessoalmente, ainda durante a inauguração do serviço.
Wilson Rocha Júnior acusou policiais de São Gonçalo, a 20 km do Rio, de espancá-lo, há dois anos. Rocha dirigia sem carteira e foi parado numa blitz. Devido à surra, perdeu um rim.
Vera Cordeiro acusou PMs de, no dia 30 de março de 1996, terem matado, com um tiro no peito, seu filho, Constantino Cordeiro.

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