São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Ex-PMs evitam criticar Silva

DA REPORTAGEM LOCAL

Os deputados que participam da CPI de Diadema e são considerados "ex-linhas duras da PM" foram cordiais com o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, durante depoimento na Assembléia Legislativa, ontem pela manhã.
Ubiratan Guimarães (PSD), ex-coronel da reserva da PM que comandou o massacre dos 111 presos da Casa de Detenção, e Édson Ferrarini (PL), ex-coronel da reserva da PM, evitaram se envolver em discussões com Silva.
Eles disseram que não concordam com os crimes cometidos pelos PMs na favela Naval, em Diadema, e que desejam a punição dos culpados, mas fizeram apenas perguntas gerais ao secretário José Afonso da Silva.
Discussão
O único "ex-linha dura" que discutiu com Silva foi o coronel reformado do Exército Erasmo Dias (PPB), que alegou ter sido humilhado por PMs em dezembro de 96 (veja texto ao lado).
"Temos concepções filosóficas diferentes sobre o mundo e sobre segurança pública", disse Silva a Erasmo Dias.
O secretário da Segurança Pública José Afonso da Silva rebateu as críticas sobre seu comportamento nos últimos dias.
"Eu sei que há deputados que querem a minha cabeça e desejam a minha exoneração desde o dia em que entrei na secretaria. Mas estou agindo de acordo com a minha consciência", disse.

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