São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Coronel comandou a invasão da PUC
ANDRÉ LUIZ GHEDINE
Nascido em Paraguaçu, no interior do Estado, Erasmo Dias foi secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo nos governos de Laudo Natel e Paulo Egídio Martins. Também foi deputado federal pela Arena, entre 1979 e 1983. Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1987, pelo PDS e reeleito em 1991, também pelo PDS. Atualmente, exerce terceiro mandato como deputado estadual pelo PPB. Em 22 de setembro de 1977, como secretário da Segurança, comandou a invasão da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, onde estudantes estavam fazendo uma manifestação contra prisões feitas pela Polícia Militar. O ato público foi disperso pela PM com bombas e depois o prédio da PUC, na rua Monte Alegre, em Perdizes (zona oeste) foi invadido. Na ocasião, foram presas 700 pessoas. Nas últimas eleições municipais em São Paulo, a assessoria do deputado distribuiu material de propaganda chamando a então candidata do PT à Prefeitura, Luiza Erundina, de "sapatão". Durante um discurso no plenário da Assembléia Legislativa estadual, em 1993, Erasmo Dias declarou que havia contrabandeado armas na década de 70. O deputado disse que teve de contrabandear as armas (fuzis AR-15 e AR-16 comprados nos Estados Unidos) "para enfrentar os comunistas, que usavam armas mais poderosas do que as minhas". Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro, Erasmo Dias casou-se com Maria Ondina Fernandes Dias, com quem teve quatro filhas. Em 1962 escreveu o livro "A Educação e o Ensino no Período Colonial" para a sua licenciatura em história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (Universidade de São Paulo). O livro foi editado em 1994 pelo Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. Texto Anterior: Deputado acusa PMs de o prenderem Próximo Texto: Gilson Lopes será afastado do comando em Campinas Índice |
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