São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Juíza de Diadema exige reforço de policiamento contra protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

A juíza Maria da Conceição Pinto Vendeiro requisitou reforço de policiamento para o fórum de Diadema (Grande São Paulo) a fim de "garantir a ordem" na próxima sexta-feira, quando serão interrogados os PMs que espancaram e mataram na favela Naval.
O pedido foi feito para a Diadema. A juíza teme manifestações em frente ao fórum como as que ocorreram quando os policiais foram depor no 2º DP Diadema -cerca de mil manifestantes tentaram linchar os PMs.
O processo que apura a violência na favela Naval é dos 2.700 que a juíza tem na 3ª Vara Criminal de Diadema. É o segundo caso envolvendo PMs que está sob os seus cuidados.
Na magistratura há sete anos, ela é a única juíza nas varas criminais da cidade. Maria da Conceição também é diretora do fórum, cuida da execuções criminais, onde há 750 processos, e é corregedora da Polícia Judiciária.
Por mês, a juíza dá cerca de 30 sentenças em processos. "A única coisa anormal nesse novo processo (o dos PMs) é o número de réus (10). Normalmente, temos de dois a quatro réus por processo", disse.
Nascida em São Paulo, Maria da Conceição é solteira e não tem filhos. Sua primeira função na magistratura foi como juíza-substituta em Santos. Depois, passou pelas cidades de Nhandeara e de Tatuí.
Promovida a 3ª entrância (terceiro nível da carreira de um magistrado), ela veio para São Paulo em abril de 1994. Trabalhou como juíza auxiliar em "praticamente todos os fóruns da capital".
Em março de 1996, foi para Diadema. "Como juíza auxiliar era difícil poder acompanhar um processo do começo ao fim. Isso é possível aqui em Diadema", afirma.

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