São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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"Giselle" será o carro-chefe
ANA FRANCISCA PONZIO
O carro-chefe será "Giselle", obra-prima de 1841, que ganhou uma montagem primorosa de Lacotte. Para interpretar um dos principais personagens de "Giselle", a rainha das Willis, o diretor escolheu a brasileira Ana Gonzaga, que integra o corpo de baile do Ballet de Nancy. Mas um segundo programa também reunirá obras de Balanchine, Jiri Kylian, Oscar Araiz, do jovem coreógrafo inglês Richard Wherlock, além da obra "Léphemre", de um novo criador francês, Norbert Schmuki, que utilizou música do compositor brasileiro Manuel Varella. "Além de preservar os clássicos, o Ballet de Nancy possui formação técnica e versatilidade para também interpretar o que há de bom no repertório moderno", afirma Lacotte. No programa contemporâneo, Lacotte ainda incluiu uma coreografia de sua autoria: "Te Deum", sobre uma composição homônima de Bizet. "Descobri essa partitura esplêndida e pouco conhecida, que Bizet escreveu em sua juventude, para esse espetáculo que me foi encomendado para um evento em homenagem à princesa Grace, de Mônaco", ele explica. Casado com a bailarina francesa Ghislaine Thesmar, com quem dividiu a direção do Ballet de Monte Carlo, Lacotte acredita que criadores contemporâneos como Jiri Kylian, Maguy Marin e Pina Bausch serão os clássicos do próximo milênio. "Contudo, temos hoje muitos coreógrafos célebres, não exatamente pelo valor de seus trabalhos, mas pela publicidade que sabem cultivar em torno de si. A maioria são tolos, que não sobreviverão no futuro", avalia Lacotte. (AFP) Texto Anterior: Lacotte traz história do balé francês a SP Próximo Texto: Dois 'Béjarts' se mostram em SP Índice |
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