São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Regras para software adiam lançamento do DVD

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

O visitante da UD poderá apreciar a qualidade da imagem digital reproduzida por vários modelos de DVD, o videodisco digital.
Estão demonstrando o produto Philips, Samsung, Sanyo, Toshiba, Sony, LG Electronics e Pioneer. Fora da UD, a Philco mostrou à imprensa seu modelo de DVD.
O videodisco parece um CD comum, mas é capaz de gravar dos dois lados e armazenar de 4,7 Gbytes a 17 Gbytes de dados. Cabem duas horas de filme de cada lado e sobra espaço para informações sobre obra e atores.
O melhor do DVD é a qualidade de imagem e som, muito superior à da fita magnética VHS comum.
Também fascina a possibilidade de ouvir a trilha sonora em até oito idiomas e legendas em até 32 línguas. É engraçado ver Harrison Ford gritando em japonês numa das cenas de "O Fugitivo".
O problema é que essa versatilidade está comprometida.
Para proteger sua rentabilidade dos abalos da pirataria, a indústria cinematográfica dividiu o mundo em seis regiões de produção codificada dos aparelhos e discos, e para a venda casada dos dois.
Significa que quem comprou o toca-DVD nos EUA não vai conseguir fazer funcionar um DVD adquirido no Japão, por serem produzidos em regiões diferentes.
O Brasil faz parte da quarta região, que abrange América Latina, Austrália e Nova Zelândia.
Além disso, embora haja tecnologia para gravar vídeo digital, essa função foi vetada no toca-DVD.
Enquanto os fabricantes de máquinas negociam com produtores de software tentando derrubar essas barreiras, o número de filmes em DVD empaca em torno de 20 títulos, e o lançamento do toca-DVD no país vai sendo adiado.
A expectativa otimista é ter o DVD nas lojas no início do segundo semestre, embora o mais provável é que chegue só no Natal, custando em torno de R$ 1.000.
Os aparelhos têm recursos semelhantes. Tocam CDs de música, suportam até seis canais de áudio, permitem efeitos especiais de imagem e reproduzem em formato de cinema (16 X 9).
(LR)

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