São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Área social tem gasto menor

ASDRÚBAL FIGUEIRÓ
DO PAINEL

As parcela das despesas do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) destinadas à área social estão diminuindo.
Em 1994, quando ele ainda se chamava FSE (Fundo Social de Emergência), Previdência, Saúde e Educação ficavam com 86,2% dos recursos do fundo.
No primeiro semestre deste ano, a fatia dessas três áreas é de 60,6% (R$ 6,2 bilhões de um total de R$ 15,7 bilhões).
Os gastos que mais cresceram proporcionalmente de 1994 para cá foram com Administração e Planejamento: de 2,24% dos recursos do fundo em 1994 para 10,8% neste semestre.
A fatia destinada à Defesa Nacional e Segurança Pública também subiu, de 5,34% em 1994 para 9% este ano (mas havia sido de 13,6% no ano passado).
Agricultura
Outra área que passou a ser mais beneficiada pelo FEF é Agricultura, que absorve 7,4% dos recursos do fundo. Em 1994, ela havia ficado com apenas 3,5% do total.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Marthus Tavares, o objetivo do FEF não é distribuir recursos para a área social.
"Por isso o nome foi mudado de Fundo Social de Emergência para Fundo de Estabilização Fiscal", disse o secretário.
Tavares argumenta que o governo não reduziu os gastos globais com as áreas sociais. "O que não sai do FEF deve estar sendo compensado de outras formas pelo tesouro", disse.

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