São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Usam cabelo à "Carla Tchan"

DA REPORTAGEM LOCAL

Não há boquinha da garrafa que faça alguns homens prestarem atenção em mulher que cultiva cabelos louros-farmácia, castigados, à Carla Tchan. Eles acreditam que a falta de cuidado com o cabelo é extensiva ao corpo todo.
"Associo a figura da loura-farmácia, tipo Carla Tchan, à da mulher desleixada", diz o modelo Beto Strica, 25.
"Só encaro mulher assim depois das três da manhã. Se ainda são 11 da noite e eu ainda não bebi nada, nem reparo", diz.
Strica desenvolveu uma teoria segundo a qual a "loura-estragada" agrada justamente pelo aspecto de bagaceira.
"O cabelo, em geral, combina com a bunda", diz. "Isso quando a gente olha para o cabelo."
O ator Anderson de Oliveira, 19, que ensaia o espetáculo "Bailei na Curva", diz que até gosta de mulher com cabelos compridos.
"Mas não maltratados", explica. "Às vezes dá a impressão de que o boi mastigou e depois cuspiu."
Ele acredita que, no caso de Carla Tchan, "cultivar os cabelos louros-farmácia faz parte".
"Se eu fosse empresário da Carla, também pintaria o cabelo dela de louro", diz. "O povão acredita que isso a deixa mais gostosa."
Para o empresário Guilherme Rodrigues, 38, o problema não está em pintar o cabelo. "O problema é usar uma tinta barata."
Resolver o "problema" parece simples, mas Rodrigues acredita que algumas mulheres não querem. "A intenção é parecer ordinária mesmo."

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